Sempre tem alguém olhando

Bruno Garofalo
3 min readApr 19, 2022

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Ou seja: é ideal que você minimize o número de cagadas que você faz.

Na verdade, não é bem isso que eu queria dizer. Me irrita um pouco o fato de certas coisas estarem me consumindo tanto que meus principais projetos estão em pausa: os textos aqui, meu podcast (que inclusive não sei se volto) e outras coisas que eu deveria estar escrevendo. E aí eu caí na situação chata de escrever, parar por um tempo e voltar reclamando do tempo em que eu não estive escrevendo.

Mas esses dias eu vi um post no Instagram do @joeljota e a frase ficou na minha cabeça. “Sempre tem alguém olhando”. E sempre que penso nisso, lembro das pessoas que vieram até mim e disseram que começaram a escrever por influência minha.

Na verdade, deixe-me tirar a opção mais simples do caminho: se você é religioso e crê em algum deus ou força superior, essa afirmação já se valida para você. Essa entidade sempre estará te olhando e acompanhando seus passos, de forma que você chegue ao fim da vida e seja julgado no que quer que venha em seguida.

Não é necessariamente o meu caso.

Dito isso, eu sei que há pessoas do outro lado das telas que prestam atenção constante em mim. Que leem as coisas que eu escrevo — sejam os textos aqui, seja o Paraíso — , que ouvem meu podcast e que dão atenção para o que eu digo, ainda que seja em uma caixinha de perguntas despretensiosa no Instagram.

Enquanto eu estou aqui, colocando a minha vida em uma série de páginas, reais ou virtuais, tem gente me olhando. Enquanto eu estou trazendo à tona os sentimentos mais complexos que tomam espaço na minha existência, tem alguém olhando.

Durante muito tempo, isso colocou um peso nos meus ombros. Eu me cobrava demais para nunca errar e sempre entregar o melhor resultado possível, e quem me acompanhava de perto enxergava isso muito bem. Não só enxergava, como me alertava. E eu percebi que o preço que eu pagaria no futuro seria, talvez, alto demais.

Se eu não tivesse parado e refletido sobre isso, hoje eu teria dois problemas: o peso da cobrança de querer sempre entregar o melhor possível, e a culpa da falha por não entregar nada. Hoje eu olho e penso: ok. Não há o que fazer para mudar o que eu fiz ou deixei de fazer no passado; mas eu posso me esforçar mais para fazer melhor hoje, e no futuro.

E me certificar de que você não se decepcione.

Apesar de saber que, no fundo, não há como agradar todo mundo.

Eu abri meu coração. Agora é hora de você abrir o seu. Curtiu? Então deixa suas palmas aí nesse texto se ele fez você refletir ou mesmo sentir alguma coisa. Vale até se te arrancou um sorriso. Se você quiser me acompanhar mais de perto e saber com exclusividade o que eu penso, você pode clicar no botão ao lado da minha foto para me seguir no Medium e sempre ficar de olho nas publicações.

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Carta anônima #19

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Paraíso

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Bruno Garofalo

Levando poesia à vida comum. Textos às segundas, com (cada vez menos) raras exceções. Escrevo sobre o que quer que me inspire.