Pensamentos demais, espaço de menos #5

Bruno Garofalo
4 min readOct 4, 2022

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Essa imagem não existia há 5 minutos. Foi gerada por uma inteligência artificial. FODA. Depois eu volto aqui para falar um pouco mais sobre isso.

Foda-se.

Você deve pensar que, após três meses e meio sem publicar absolutamente nada, essa talvez não seja a melhor forma de começar um texto. Após um texto tão lindo e significativo. Mas eu te digo: é a única. Nesse hiato inteiro, o maior da história desse perfil, o sentimento que predominou na minha cabeça foi um grande foda-se.

Veja bem, não é “foda-se o Medium, foda-se o meu projeto”. É mais algo como “Estou trabalhando demais, não tenho cabeça para escrever… Será que alguém vai sentir falta? Ah, foda-se”. No fim, eu tinha razão. Só eu sinto falta. É só a mim que incomoda, e é por isso que esse vai ser um texto fantasma que não direi para ninguém que escrevi. Você talvez leia por acaso, ou porque o algoritmo te recomendou; e muito obrigado se estiver lendo. Mas não prometo entregar nada de especial aqui. É só um desabafo — mais um.

O que mudou de lá para cá? Me dediquei exclusivamente ao meu trabalho como copywriter, fiz rodar uns bons 6 dígitos de faturamento, tive uma ideia para meu próximo livro, conheci gente, compareci ao meu primeiro Fire Festival (não confundir com FYRE festival, aquele evento gigantesco e igualmente flopado cujo fracasso foi documentado na Netflix)… No geral, as coisas andam bem boas.

Tentei me prestar a escrever para o inktober mais uma vez, e desisti antes de começar o primeiro dia. Dessa vez, resolvi aceitar a dura realidade de que, na verdade, eu não ia escrever mesmo. Se começasse, a chance maior era de desistir lá pelo dia 11 ou 12. E se eu disse que não ia te entregar nada que preste aqui hoje, parabéns por continuar lendo. Aqui vai um bom conselho.

Uns meses atrás, vi um comunicador de quem gosto muito dizer que um pesquisador (cujo nome não me recordo agora) certa vez fez um experimento e criou uma teoria (perdão pelo elevado número de incertezas e imprecisões aqui). Mas o resumo é: se eu te pagar um milhão de reais para você realizar uma tarefa tão simples quanto retirar um lápis de uma mesa e colocar na mesa ao lado, todos os dias no mesmo horário, durante um ano, a chance maior é de que você não consiga.

E num primeiro momento, talvez você me ache maluco, e diga que é claro que você conseguiria. Mas mesmo que você coloque despertadores e se programe, a chance de que você perca um milhão de reais é quase de 100%.

Quando você começa algo que exija sua constância, é quase certo que você vá falhar em algum momento, porque a vida é cheia de imprevistos. O que você não pode é falhar dois dias seguidos. O mais saudável é: reconhecer a sua falha, reconhecer a importância do processo e do motivo pelo qual você faz o que faz, e voltar de novo no dia seguinte.

O problema comigo aqui é, justamente, não achar que isso é importante o suficiente para que eu falte numa segunda e volte noutra; até porque eu me mantenho sempre escrevendo, ainda que não sejam coisas para cá. Criei estratégias para nunca ficar sem textos — essa série é uma delas — , e mesmo assim é difícil de manter.

Se você está aqui até hoje, obrigado por não desistir. Você vai poder continuar lendo coisas legais de vez em quando. E talvez não tão legais assim. Mas saiba que nunca serão coisas vazias. Sempre que eu venho até aqui, subo nesse palanque e deixo o vento carregar meus folhetins digitais até as suas mãos, saiba que é porque tenho algo a dizer. E, daqui para frente, a ideia é que eu nunca me cale.

Ainda que eu, de fato, me cale, e volte no dia seguinte, como se nada tivesse acontecido.

Eu abri meu coração. Agora é hora de você abrir o seu. Curtiu? Então deixa suas palmas aí nesse texto se ele fez você refletir ou mesmo sentir alguma coisa. Vale até se te arrancou um sorriso. Se você quiser me acompanhar mais de perto e saber com exclusividade o que eu penso, você pode clicar no botão ao lado da minha foto para me seguir no Medium e sempre ficar de olho nas publicações.

Se você quiser mais, leia também:

Carta anônima #20

Terapia onírica #2

Terapia onírica #1

Você pode adquirir a sua cópia do Paraíso e mergulhar numa história de amor que vai tocar direto nas suas emoções. Para isso, você pode clicar aqui se preferir a versão digital, ou aqui se preferir a versão física. Se quiser pegar uma cópia autografada direto comigo, pode me chamar pelo Instagram @obrunogarofalo que a gente faz acontecer.

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Bruno Garofalo

Levando poesia à vida comum. Textos às segundas, com (cada vez menos) raras exceções. Escrevo sobre o que quer que me inspire.